Bolsonarismo e resistência, a guerrilha interminável

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Depois do retorno pouco provável ao poder, a direita brasileira promove o exorcismo programado para expulsar as chagas petistas. A lista das mazelas surge orquestrada (embora já comum) e atende por corrupção, inversão de valores, ideologia de gênero, populismo demagógico.

Apesar do exorbitante número da podridão revelada, o petismo se comporta como vítima isenta dessas “acusações” e passa a atacar. Daí expõe os prováveis crimes do clã Bolsonaro e isso com a colaboração especial de parte da imprensa, acusada por bolsonaristas de ser militante do esquerdismo.

A guerra ideológica parece interminável e isso ajuda PSL e PT a manterem o protagonismo. Seus agentes adoram essa ideia e adotam a tática direita X esquerda, deixando as demais forças partidárias como coadjuvantes enquanto afiam as garras para 2022.

Para tocar fogo no acirramento, um vídeo do professor e filósofo Olavo de Carvalho publicado no domingo, 15 de setembro, prega a criação de uma “militância bolsonarista organizada”. A missão deste grupo seria combater, dentre outras coisas, “a classe jornalística (...) grande inimiga” do país, pois estaria ligada ao Foro de São Paulo.

Ao mesmo tempo em que se preparam para a “luta”, os possíveis “guerrilheiros do bem” podem se tornar massa de manobra da direita, coisa que o filósofo condenava ao escrever (o livro) Imbecil Coletivo da esquerda. Portanto, a tática é a mesma: em nada dignifica quem fica por baixo na luta contra o sistema que na verdade só vai gerar outro. E, pior, construído sem que falte injustiça para a classe da base da pirâmide, pode ser o chicote que fere e torna subservientes seus discípulos a ponto de agradecerem aos algozes pelas chicotadas recebidas.

Não há como negar o quanto a participação de Olavo é importante para o país. Ao despertar a consciência coletiva de leitores, alunos, amigos e admiradores para a gangrena da engenharia petista em prol de uma ditadura ideológica partidária onde a verdade é a verdade de um grupo e a ética uma propriedade exclusiva deles, o filósofo sacolejou o ninho esquerdista e desnudou o cinismo.

A intelligentsia mesquinha do esquerdismo ficou encaramujada sob uma casca de onde emite ataques covardes a quem ousar discordar dela. Olavo ajudou na formação intelectual de muitos brasileiros, despertando-os para a reação. Isso trouxe o equilíbrio da democracia (o estado de direito estava destruído e o legislativo curvado), e gerou o embate entre direita e esquerda. Sem dúvida o olavismo impulsionou a mensagem que colaboraria com a ascensão de Bolsonaro, embora não seja o único fator que lhe deu a vitória. No entanto, isso não dá a ninguém o direito de sugerir a criação de uma militância contra a imprensa. Esse trabalho de exorcismo ideológico pode gerar sérios desgastes no futuro. O desmonte daquilo que chamam de catecismo marxista-leninista não pode ser pela força.

Contra-ataque – Embora Olavo de Carvalho não tenha razão ao tentar arregimentar militância contra jornalistas da esquerda, ele está certo em apontar os autores adversários que não perdem tempo em denegrir pessoas. De janeiro até o momento, inúmeros ataques foram direcionados ao governo e seus membros. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, por exemplo, tem sofrido várias investidas que tentam jogar seu nome na lama.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, teve a morte sugerida pelo jornalista Vinícius Guerrero, em seu canal no youtube, onde incentiva militantes socialistas a promoverem uma revolução assassinando o presidente. Guerrero também sugere aos seus seguidores que peçam armas para a Venezuela no intuito de promover uma “guerra” e afirma: “não tem mais condição de aceitar um bosta como Bolsonaro no poder. Ele tem que ser assassinado, ele e a família”. O jornalista é presidente do Movimento Comunitário Trabalhista do PDT da capital do estado e São Paulo.

O menino Ivo Cezar Gonzaga, de 9 anos de idade, que desfilou ao lado do presidente Jair Bolsonaro na comemoração do Dia da Independência, no último 7 de setembro, foi chamado de “moleque imbecil” através de um funcionário do site G1, do grupo Globo. Membros do Movimento Advogados do Brasil se colocaram à disposição da família do menino para defender a vítima.

Já a nora do presidente da República, Heloísa Wolf Bolsonaro, teve suas sessões de coach filmadas e propagadas por um jornalista da Revista Época. São ataques inconformados com o novo governo aos quais os esquerdistas dão o nome de “resistência pela democracia”, mas que só atrapalham o Brasil com uma guerrilha infernal.

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