Tabata, uma estrela

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                                     Foto: Cleia Viana/Agência Câmara

Tabata Amaral foi considerada, por unanimidade, uma estrela da esquerda. Então veio a Reforma da Previdência. Tabata Amaral não é mais considerada, por unanimidade, uma estrela da esquerda. Ela ousou votar a favor da reforma. Ela acredita que o Brasil pode e deve conquistar uma economia pungente. Os coronéis da cúpula de seu partido (o PDT) entendem que não. E querem puni-la.

Tabata é ignorada pelas feministas que até agora não manifestaram apoio (sororidade). Tabata quase passa despercebida pela mídia não fosse o embate político gerado no ninho partidário que proporciona audiência. Tabata é achincalhada pelos coronéis machistas do PDT e do PSB. Tabata deverá ser expulsa do partido, segundo Ciro Gomes.

Ninguém quer entender que ela só votou a favor da reforma porque sonha em diminuir as desigualdades, porque é a favor da responsabilidade fiscal. Suas lideranças partidárias, pelo contrário, se recusam a refletir sobre esse assunto. De preferência, investem na velha política da ameaça.

As cartas de autonomia política assinadas por Tabata e outros deputados como Felipe Rigoni no período eleitoral está sendo desrespeitada. Em meio a uma democracia fragilizada, os donos dos partidos sufocam a autonomia de seus membros e querem mandar no voto de seus deputados.

A geração de Tabata e Felipe conhece bem a necessidade de destravar o crescimento. Cresceu em meio à universalização do acesso à educação e à saúde. Da economia estável, da redução de desigualdade e fortalecimento das instituições. É comum que queira apostar na esperança do crescimento. É normal que se recuse a votar para não “reeleger Bolsonaro”, quando o assunto é melhorias para o coletivo.

Não reconhecer a grandeza desses deputados é chafurdar na mesquinhez. Tabata é, sim, uma estrela de primeira grandeza!

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