Limoeiro figura em registro fotográfico

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Os aspectos urbanos das cidades podem ser considerados berços eternos na memória das pessoas. Muitos desses perfis, por vezes surreais, não escapam às recordações. Os cenários mudam. Transmutam-se. E como o tempo apaga quase tudo, só o registro fotográfico pode reter a severidade do tempo.
Sensível aos aspectos urbanos, o fotógrafo Wilker Mattos preparou o registro da bicentenária Limoeiro, porta de entrada para o Agreste Setentrional de Pernambuco. Ele captura imagens da cidade há cinco anos, no intuito de registrar seus patrimônios históricos, a arquitetura e os tipos humanos que habitam o contexto municipal.
Com olhar artístico Wilker fotografa com a representação do real. Foi nesse pensamento que idealizou uma exposição de imagens que pretende apresentar ao público no mês de agosto. Para o empreendimento convidou o ator e oficineiro Jadenilson Gomes. “Nós tínhamos a ideia de mostrar Limoeiro pelo lado artístico. Foi quando, em conversa com Wilker, descobrimos que ele tinha um olhar artístico na condição de fotógrafo. Então estamos empenhados para realizar a exposição”, explica Jadenilson.
Para o evento será alugado um espaço com algumas divisórias. “Queremos fazer um cenário inspirador, diferente para cada assunto fotografado”, adianta o ator.
Wilker se diz realizado por poder expressar sua veia artística através de fotografias. É através de pessoas e lugares que o fotógrafo usa todo seu talento para deixar uma mensagem realística para a posteridade. “O amor ao patrimônio de sua cidade é fundamental”, confessa.
No caso de Wilker a fotografia é proposital e pensante, não só no sentido do ato fotográfico, mas de discutir coisas e tipos da cidade. Nesse caso o fotógrafo assume o compromisso de contribuir para dar cores às reminiscências futuras de seus contemporâneos. Fotografar é uma arte que deixa como legado lições e afetos. Limoeiro, como outras cidades, precisará desses ingredientes no futuro. Esse mesmo ingrediente reconcilia o homem com sua existência.

A cidade – Limoeiro fica a quase 80 km do Recife. Na história de sua fundação, a origem do nome foi atribuída ao padre Ponciano Coelho, que teria chegado à região para catequizar os índios habitantes de aldeias erguidas junto a muitos pés de limão. O padre fizera desaparecer a imagem de Nossa Senhora da Apresentação da Capela de Poço do Pau para Limoeiro, aldeia indígena onde hoje está erguida a igreja matriz. Mas acredita-se que a antiga aldeia foi fundada pelos padres Manuel dos Santos e João Duarte do Sacramento, em 1711. De acordo com o escritor Antônio de Souza Vilaça, talvez o padre João Duarte ou o padre Manuel dos Santos, sejam os responsáveis pelo nome da cidade não o motivo da inspiração para o nome. Em 1752, o padre Ponciano Coelho recebeu a carta de Sesmaria, e Limoeiro deixou de ser aldeia de índios. Em 27 de julho de 1811, a Carta Régia expedida pelo Príncipe Regente, D. João VI, emancipava Limoeiro. O extenso território foi perdido através de inúmeras emancipações políticas, e deu deram origem a outros 16 municípios.

Foto:limoeirope.gov.br

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