As escolhas

A política, dizia John Kenneth Galbraith, “não é a arte do possível. Ela consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso”.

Este ano, mais uma vez, teremos que escolher. Desta vez prefeitos e vereadores. Entre “desagradáveis” e “desastrosos”, temos uma longa narrativa para apresentar. Mas isso alongaria demais nossa conversa. Portanto vamos ao que interessa.

Como não há alternativa, procure conversar, pensar, se informar e, por fim, tente acertar no “desagradável”. Sim, ele é velho conhecido nosso. É o tipo que procura vantagens próprias, por vezes mostra-se arrogante e outras até surrupia recursos públicos, mas está lá, firme, no exercício da governabilidade.

Já o desastroso, não. Só desagrega, não reconhece o cargo que ocupa e responsabiliza governos anteriores o tempo todo. Ele desconhece (ou não consegue acertar) com a máxima de Maquiavel de que o primeiro dever do Príncipe depois de conquistar o poder é criar os meios de não perder o poder. Por isso atira no escuro e desconfia de todos.

Na prática é o desastre personificado. Como você tem uma nova chance nas eleições que se aproximam, escolha bem.