Cicuta à masculinidade

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A cicuta, veneno de Sócrates, extermina vidas. Por não suportar acusações de ateísmo e corrompimento de jovens, o filósofo grego dela se utilizou para o autoenvenenamento.

No cenário atual, as mídias, os “filósofos”, a opinião pública, investem contra a masculinidade clássica. Razão... é necessário banir o machismo. Ok, cicuta nele.

Mas o machismo, com razão inaceitável, não deve ser confundido com a substituição natural do ser homem. O que mais se ver são “especialistas” ou mesmo feministas e “gado tosco” – pessoas sem conhecimento profundo de determinados assuntos, mas que repetem os clichês dos cabeças como papagaio – alardearem contra a “masculinidade tóxica”.

Para esta nomenclatura, atribuem as diversas formas de violência contra o sexo feminino, algo que poderia simplesmente ser chamado de crime covarde e punido com o mais alto rigor da lei.

Para os inquisidores da masculinidade, deve-se dar cicuta aos “atos competitivos”, “cultura do herói”, “heterossexualidade”, “capital viril”, “pertencimento a determinados grupos”, “sexo”, “trabalho”. Enfim, é imposta a condição de deixar de ser homem. A dose de cicuta não é física, mas travestida de uma nova moral.
Os “filósofos” contemporâneos negam sua sórdida covardia e atribuem à escola, à família e à igreja, a culpa da cultura machista. Falam a verdade? Não. Todos os seres humanos passam nessas três peneiras. São todos machistas? Não. Mentem os “filósofos” contemporâneos. Se essas instituições “treinam” machistas potenciais, elas devem deixar de existir? O que faremos com nossa história, nosso berço, nossos patriarcas, condená-los-emos? Não. Merecem respeito.

As instituições têm o papel de instruir. Se abdicarmos delas, admitiremos novos instrutores. O que nos ensinarão? Que o macho deve ser qualquer coisa, menos macho e a fêmea qualquer coisa, menos fêmea? 

Teremos um novo conceito, novos comportamentos (alguns já estão em curso), novos padrões.

Se o problema for mostrar nossa cultura como sufocante e obsoleta, por manter o ensino do homem como “ser forte”, quão terrível não será aceitar essa nova imposição como um estupro daquilo que somos!

Reconhecer-se homem forte e intrépido é honroso. Não podemos cair na lábia de nos envergonharmos com a instrução externa. Ela jamais deixa de existir. Somos produto das influências externas, resultado daquilo que mais absorvemos e com quem convivemos. Nunca será diferente. Não podemos deixar que nos tire o que temos e colocarem o que eles querem. Suportaremos as acusações de sermos quem somos, homens com orgulho. A cicuta deve servir aos “filósofos” contemporâneos de plantão.

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