Retratos da escolha no Brasil (II)

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Na política brasileira, optar pelo novo é semelhante a optar pelo velho. Há casos como o do ex-jogador da seleção, Romário que, desempenhando o cargo de senador, foi acusado de corrupção.
Já Francisco Everardo Oliveira Silva (Tiririca) destacou-se pela assiduidade nas sessões. Compareceu a todas as 279 sessões deliberativas em plenário na atual legislatura. Mas em seu primeiro mandato teve apenas uma única proposta de sua relatoria que se tornou lei, a que dá o título de “Capital Nacional do Antigomobilismo” ao município de Caçapava (SP).
Por sua vez, o cantor Sergio Reis foi o deputado que mais recebeu emendas parlamentares no ano de 2017. Foram R$ 8.406.533,39 para beneficiar seu eleitorado de São Paulo. 
Celso Russomanno (PRB-SP) é outro campeão em verbas parlamentares, conseguiu mais de 7 milhões. Entre 1994 e 2011, ele cumpriu quatro mandatos consecutivos.
Em um claro sinal de que desejam um futuro diferente, os brasileiros renovaram o Congresso elegendo muita gente nova e deixando de fora velhas raposas.
Mas nem isso assegura que haverá lisura nas atitudes de deputados e senadores. Seria necessário o acompanhamento desses congressistas, a fim de se certificar de que não cairão na quase irresistível promiscuidade da troca de favores. 
No futuro governo será necessário muito jogo de cintura para ter governabilidade e aprovar mudanças. Para ter sucesso não depende só de fazer boas escolhas para os ministérios, nem empenhar confiança exacerbada nos generais e, muito menos, considerar-se moralmente superior aos demais. As reformas não ocorrerão por conta disso, mas por agregar maioria; e essa mesma maioria trará muita gente de moral fragilizada.  
Sabe-se que congressistas agem em favor do governo com contrapartida lícita ou ilícita e por conveniência. Portanto, faz-se necessária a prática de um mandato mais aberto, a fim de dar conhecimento ao público sobre as causas de interesse coletivo.
O sonho do brasileiro é que não só tenha fim a política do toma lá, dá cá, mas também a costumeira prática dos políticos de, antes da eleição, apresentar a solução para todas as causas e, quando eleitos, passar a fazer parte de uma classe privilegiada, cujo habitat é uma bolha capaz de trazer-lhes uma amnésia contagiante, onde ninguém mais sabe como solucionar os problemas da sociedade.

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