Retratos da escolha no Brasil (I)

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A política brasileira está repleta de nomes cuja herança do poder ultrapassa um século de existência. Patriarca, filho, neto, bisneto vêm sendo os donos de um cargo eletivo, concedido democraticamente por pessoas que se dizem cansadas e decepcionadas com os políticos.
Mesmo mandatários que conquistaram o poder com o discurso anti regime militar, hoje se tornaram tradicionais e têm status paternalista. Os novíssimos artistas, intelectuais e líderes sociais ou religiosos não escapam à regra do paternalismo e o ciclo vicioso nem dá sinais de chegar ao fim.
O que há de mais original na política é o voto em troca de interesse. Ainda quando não há a compra direta do voto, há o favorecimento por outras vias. Estamos longe de comemorar as escolhas espontâneas.
Nem mesmo o fato de o Brasil ser um país diverso, faz com que deixe de ser homogêneo em suas escolhas. Em toda parte é possível identificar uma maioria amante do conformismo, do conservadorismo e da precipitação. Por isso, há regras de escolha, no mínimo medíocres, para dar preferência a pessoas sem talento para a política.
Em muitos casos, a escolha dá-se através de critérios que privilegiam, por exemplo, o sujeito que desempenha sua tarefa como servidor público da saúde e que, por isso, recebe a recompensa com votos. Há os que jogam bom futebol. Para com esses, o povo imagina ter dívida semelhante. Artistas não ficam de fora; são recompensados por ofertar alegria ao seu público. 
Também os religiosos apoiam-se em currais eleitorais e os famosos pegam carona no sucesso. E há até os que, por tabela, beneficiam-se da fama alheia, caso de Túlio Gadêlha, namorado de Fátima Bernardes. Mas há outros nomes na lista da fama: Tiririca, Sérgio Reis, Celso Russomanno.

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Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.