A novela Lula é pedagógica

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Os capítulos da novela Lula do presente são melancólicos. Há birra petista, protestos inúteis e vivas pela continuidade de sua prisão. É assim que os brasileiros se comportam. Na verdade o ex-presidente nunca sonhou viver “belos dias” na jaula, mas chegou lá, ao “topo trágico”.
Como se sabe não se chega a lugar algum sem ter contribuído para isso. E Lula abusou da “regra três”, como diria o poetinha Vinícius de Moraes. Se o final não fosse esse o petista teria sido um exemplo de determinação e persistência, peça pedagógica para incentivar gerações de brasileiros. Mas como a farsa foi descoberta, tornou-se um mal exemplo aos calouros.
Seja como for sua trajetória nos ensina muito. Ao colocar-se como um homem acima da lei, viu ruir sua empáfia e, preso, prova que o crime não compensa. No pedestal da auto-suficiência está enrolado com a Lei da Ficha Limpa que sancionou em 2010. Isso mostra que ninguém é auto-suficiente. Lição pedagógica, Lulinha! 
No episódio mais recente, usou o desembargador Rogério Favreto para pedir sua soltura. O PT e o próprio Lula não acreditavam na liberdade. Mesmo assim entraram com o pedido de habeas corpus. Sabiam que o plantão seria cumprido por Favreto e que havia chances de uma decisão positiva. Na melhor das hipóteses, o partido acreditava que uma resolução de soltura de Lula se sustentaria por no máximo 48 horas e acabaria cassada pelo próprio TRF-4.
Mas o PT conseguiu aquilo que mais gosta de provocar: o reavivamento da militância. Note que a discussão sobre o ex-presidente, vinha apagada com o passar do tempo. Com três meses de prisão, ele já fez de tudo para não perder a mídia: enviou cartas ao partido, recebeu inúmeras visitas e fez comentários sobre jogos da Copa do Mundo. Com o habeas corpus a militância em frente à carceragem da PF em Curitiba - que vinha minguando - voltou a crescer. 
O melhor de tudo; por causa da decisão de Favreto, apaga-se o crescimento de outro nome do PT que não seja Lula como candidato à Presidência. O ex-presidente ainda deve ciscar muito, mas será em vão. Pelo menos dará novas lições de como não agir quando os ventos sopram do lado contrário.
Foto: omunicipio.com.br

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