Em tempos de turbulências emocionais e espirituais, a leitura do livro de Agostinho pode indicar um aporte para a reestruturação humana, no sentido de reconhecer seu lugar no mundo. No texto, o filósofo cristão explana sua conversão gradual aos ensinamentos de Jesus Cristo, e prova que essa atitude é o maior ápice que um ser humano pode alcançar. Em verdade, a trajetória cristã supre todas as carências e amplia a visão sobre as demais questões da humanidade.
Confissões surgiu da experiência pessoal de quando Agostinho renunciou aos credos maniqueístas e abandonou a vida de prostituição, para devotar-se por completo ao serviço de Deus.
O relato das lutas espirituais que teve é comovente. Seu coração, enfim, fica em paz quando ele encontra a Verdade. Daí, segue um diálogo confessional muito atraente.
O livro é mais que um documento autobiográfico. Trata dos aspectos de sua vida anterior, com uma visão até certo ponto condenatória, contida do Livro Primeiro ao Nono. Nos demais livros, o autor resume filosoficamente a experiência do encontro com Deus.
Os erros próprios, e até de outras personagens históricas de fé cristã, são apontados e “corrigidos”. Agostinho é mais que uma inspiração futurista. A desenvoltura com que envolve o leitor, com o discurso do texto, comove as almas; e há situações em que as almas precisam ser comovidas, nunca estacionadas. Com espírito prático, a vida ganha verdadeiro sentido.
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