E agora, Temer?

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A festa vai acabar...
O presidente Michel Temer vacilou. Dessa vez, breve raridade, não foi com a população. Foi consigo mesmo. Em conversa com jornalistas da Rede Bandeirantes no sábado (15), Temer foi questionado sobre o papel do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no impeachment. Soltou esta pérola: “Vou contar um episódio que foi o seguinte: uma ocasião ele (Cunha) foi me procurar, isso era umas duas horas da tarde mais ou menos, dizendo: ‘olhe, hoje eu vou arquivar todos os pedidos de impeachment da presidente, porque - e eram 10 ou 12 pedidos, não é - prometeram-me (ele estava lá no Conselho de Ética), prometeram-me os três votos do PT no Conselho de Ética’. Eu disse: ‘ah que bom, muito bom, assim acaba com essa história de você estar na oposição etc.’”, disse Temer.
Cunha diz que Temer faltou com a “verdade”. Escreveu uma carta desagradável. No texto ele afirma que o parecer do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi submetido, antes de sua abertura, ao presidente Michel Temer.
Cunha garante que foi outro o teor das conversas, realizadas na varanda do Palácio do Jaburu, residência oficial do então vice-presidente. Segundo o ex-deputado, na ocasião, Temer teve acesso ao parecer de abertura do processo de impeachment e deu aval sobre o conteúdo do mesmo. “O verdadeiro diálogo ocorrido sobre o impeachment com o então vice-presidente, às 14h da segunda-feira 30 de novembro de 2015, na varanda do Palácio do Jaburu, 48 horas antes da aceitação da abertura do processo de impeachment, foi submeter a ele o parecer preparado por advogados de confiança mútua. Foi debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico”, diz Cunha.
Agora ficou mais claro do que nunca que houve armação para abrir o processo de impeachment conta Dilma Rousseff.

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