O mundo está mais sisudo. Pode ser que essa seja uma percepção de poucas pessoas. Mas, o fato é que a alegria vive sufocada pela pressa. Também há incompreensão, lutas de classe, incompreensão com refugiados e outros grupos.
Há, afora esses graves comportamentos, muita gente com o dedo em riste dizendo como todos devem se comportar. Primeiro porque o sujeito hetero e livre é tachado de homofóbico e racista, caso não se engaje imediatamente nas causas de alguma minoria. Por todo lado surgem grupos se autointitulando de minoritário para, sem esconder ressentimento, radicalizar o debate.Esses “denuncistas” sobre quem tratamos na coluna anterior, são os “supercidadãos” do presente com a missão de salvar o mundo das garras dos conservadores “maldosos”, cujo mal é querer uma sociedade onde a família seja uma célula respeitável. Por ignorância (ou banditismo) os salvadores do mundo servem a políticos irresponsáveis, senhores dos discursos de reparação histórica.
É bem verdade que a ação de reparação em si é justa, e louvável boa parte dos direitos concedidos aos negros e indígenas. Mas resta indenizar os árabes, judeus, italianos, alemães e poloneses que sofreram represálias durante a Segunda Guerra, por parte do Estado brasileiro que via neles uma “ameaça”. Alguns foram refugiados no campo de concentração em Florianópolis.Os heróis que propõem nos salvar estão, na verdade, levando o país a um segregacionismo. Se os grupos precisam ser divididos e alguns têm mais direitos que outros, é natural a insatisfação. Assim cria-se um grupo de carrancudos em meio a um país alegre por natureza.
Se cada dia mais for se tornando impossível tolerar o outro, se nos separarmos de alguém só porque discorda de nós, será sufocante viver em sociedade.
Em pouco tempo, nem mesmo uma anedota será possível. As diferenças não podem inspirar fatos engraçados. Os brasileiros rirão menos. Pior é se isso migrar para as anedotas feitas com profissionais. Médicos, advogados, engenheiros são constantemente objeto de histórias engraçadas. Se eles cismarem de acionar os órgãos representativos de classe para impedir piadas, os sorrisos sumirão. Nosso país perderá o status de alegre; ficará carrancudo. Que pena!
Um povo carrancudo
Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.
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