A obrigatoriedade do voto deixa dúvidas nos eleitores quanto a se o Brasil exerce plena democracia. Muitos defendem que o voto deveria ser facultativo.
Por outro lado, os permanentes casos de corrupção desestimulam a vontade do eleitor em exercer sua cidadania. Mas, o eleitor teria razão em agir dessa maneira?Em primeiro lugar, quem vive em comunidade (no caso a nação), deve entender que tem compromisso com ela. E o voto é o exercício político do cidadão. É a forma legítima e direta de participar dos destinos de sua cidade, estado ao País. Portanto, a cidadania é obrigatoriedade de cada um.
Ao não votar, o indivíduo abdica da legitimidade de criticar posteriormente os governantes e representantes legislativos. Para tentar eximir-se da culpa, muitos dizem que o voto obrigatório é contra a democracia, pois esta é o exercício da liberdade, mas não existe liberdade sem responsabilidade.O essencial que falta ao povo é a capacidade de colaboração com os eleitos. Ora, quem assume o poder tem como prioridade seus interesses e os do seu partido, nunca os da coletividade. Eles praticam o que lhes é cabível, e essa atitude ao invés de despertar as pessoas para o debate com os que exercem o poder, na verdade as afasta. Esse fator também gera indisposição de ir às urnas exercer o voto. Porque, além de a população sentir essa distância do legislativo e do executivo, vê muitos casos de corrupção, o que a desestimula ainda mais.
A questão é que isso aumenta significativamente o poder dos mandatários e também as críticas aos mesmos por parte da população. Mas, como o Brasil passa por um processo de amadurecimento da democracia, já é hora de representantes de entidades tomarem seus lugares nas casas legislativas, onde a todo momento estão sendo tomadas as decisões que interferem na vida de todos, e sugerir propostas, enriquecendo o debate, contribuindo para uma democracia saudável. Com isso elimina-se a culpa exclusiva dos governantes e cria-se o hábito da participação na construção de uma sociedade mais igualitária.
A obrigatoriedade do voto e o compromisso da cidadania
Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.
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