Obra reúne contos e crônicas sobre cultura, ciências, religião, arte, futebol e política. Essas “drogas lícitas”, tornam o ser humano dependentes dessas paixões
Paulo Ferreira
A literatura brasileira ganha mais um título: “Artes, Política & Outras Drogas”. O autor, jornalista, escritor e poeta Sivaldo Venerando, fez seu lançamento nos dias 13 e 16 de agosto, na 1ª Bienal do Livro de Limoeiro. A obra reúne contos e crônicas sobre os mais variados assuntos, como cultura, ciências e a religião.
Para o autor, essas atividades, como a arte, o futebol e a política, por exemplo, podem ser consideradas “drogas lícitas”, no sentido de que o ser humano se torna eterno dependente dessas paixões. Ele expõe paixões humanas em textos curtos, em linguagem cinematográfica. Faz uma crítica social construtiva e uma reflexão filosófica, de bom senso, sobre cada tema. Sem grandes pretensões, nem sem querer mudar o mundo, ele oferece a sua parcela de colaboração para ajudar a melhorá-lo.
O autor, através de sua obra, mostra seu humanismo e anseia pela evolução da humanidade, nem que seja culturalmente. Em “A Arte”, o leitor “descobrirá mensagens filosóficas reveladas do que se esconde nas entranhas da sociedade”, conforme dica do próprio autor.
O livro também vai ajudar ao leitor a perceber que, apesar dos nossos desesperos atuais, há “paisagens belíssimas, só percebidas quando reveladas pela leveza da poesia que trafega nas coisas e no ar”, como disse o poeta Sérgio Ricardo. Sobre o livro, ele comenta que “Sivaldo nos brinda com mais um título em que, com graça e sensibilidade discorre sobre os “narcóticos” que nos embriagam”. “Uma análise individual e introspectiva da vida moderna”. Aos que fazem artes e outras “drogas” no Brasil, muitos merecem o elogio do autor; outros, uma crítica honesta. É duro com a nossa política, está “velha e carrancuda”. Fez Tiradentes “se remexer” na sepultura: ele “insurgiu-se contra 19% de imposto, hoje, os brasileiros pagam impostos de até 40% porque “têm medo de forca” (os pobres pagam mais impostos que os ricos no Brasil). “O governo do PT faz repressão aos preços dos combustíveis para conter a sangria”. “Os eleitores dificilmente permitem nomes tradicionais fora do poder”. “A Copa do Mundo de 2014 deixou o Brasil nu”. Mas “O Brasil não pode ser representado por 11 pessoas de chuteira”. Isso “não merece choro nem mágoa”. O que merece “choro e revolta é a economia cambaleante, a educação decadente e a saúde agonizante.” O leitor pode se servir do livro, como quem bebe um bom chá, que faz bem para o corpo e o espírito.
Este é o quarto trabalho literário de Sivaldo Venerando. Ele já escreveu “Imaginética “(poesia), “Deserto Ardente” (crônicas) e “O Guardião dos Pobres” (ensaio biográfico). Sivaldo, natural de Limoeiro, tem participação nas coletâneas “Novos Autores Brasileiros” (Editora Usina de Letras - Rio de Janeiro), “Expressões da Mata Norte” (Nazaré da Mata) e “Canta Ucea” I e II (Carpina). O Papa Francisco recebeu o livro “O Guardião dos Pobres”, que também será lançado no idioma italiano. Contato: 99856.7529 / 3621.1591.
Livro traz críticas sociais e reflexões filosóficas
Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.
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