Resenha literária (O perfil da autoajuda)

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O barateamento sob o preço de capa é um fator decisivo para que o público tenha acesso a títulos literários. Isso fará com que o brasileiro inclua o livro no seu orçamento, na medida em que este se torna mais acessível. Segundo uma pesquisa, nossos novos leitores mostram-se mais dispostos a adquirir obras literárias, sem contar, é claro, com o fenômeno de vendas de livros de autoajuda.
Aliás, o conteúdo de autoajuda, seu perfil, sempre me desapontou como leitor. Os temas que vão desde o bruxismo inodoro de Paulo Coelho a receitas de riqueza e felicidade, têm conquistado muitos leitores e só se faz positivo, devido ao encaminhamento do leigo à descoberta dos caminhos da leitura, que é muito válido para sua formação. A fora esse benefício, pode-se considerar que a autoajuda para nada serve. Não existe consistentemente uma “receita para a felicidade”. Isso porque, um indivíduo que tem consciência de seu papel como cidadão sabe definir o que é bom para sua vida, compilando em seu entorno, aplicação de ordem religiosa e ética. Um livro como a Bíblia, assim como outros afins, pode evidentemente transformar em conceito e virtude, atitudes frívolas antes prejudiciais ao homem, sendo um livro que serve para todos os homens.
Já a glamorosa autoajuda, tem sido um embuste que se agarra ao desprovimento espiritual das pessoas e vende demasiadamente, não deixando ensinamento concreto. Isso se comprova porque, mesmo que a “receita da felicidade” dê certo para A, é impossível ser aplicada com sucesso na vida de B, dadas as circunstâncias habituais, culturais e espirituais em que vive cada indivíduo. A única autoajuda que pode, sem margem de erro, dar certo é a que contém receita culinária, quando entregue nas mãos de uma autêntica cozinheira.

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