A apelação é constante na mídia brasileira. Para ressuscitar
gente esquecida, entram em cena reportagens que são verdadeiros sanatórios
coletivos. Indo ao extremo, um jornal brasileiro publicou: “Biografia de
Gretchen revela que ela apanhava do pai”.
É
óbvio que o livro não tem nada de interessante. O redator olha, tenta escavacar
algo e, nada. Daí tem uma súbita ideia, provocadora inclusive, o mote que pode
salvar a notícia e chamar a atenção: “Gretchen apanhava do pai”. E daí? Milhões
de pessoas tiveram pais alcoólatras que batiam nas mães e depois acabava
sobrando para as crianças.
Isso
mudou o mundo em quê? A humanidade evoluiu ou estagnou por causa disso? Falta cérebro
a essa gente.
Seria
esse, de fato, o grande acontecimento do século? Mais forte que a queda do Muro
de Berlim, a II Guerra Mundial e cia? Poupem-me. Não seria melhor publicar dois
rinocerontes trocando beijo de língua?
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