Neste
mês de julho, três grandes escritores nos deixaram: João Ubaldo Ribeiro, 18-07,
Rubem Alves, 19-07, e Ariano Suassuna, 23-07. Cada um deles deixou sua
importância para as letras brasileiras. Saiba mais detalhes:
Ariano Suassuna
Ariano Suassuna, um dos maiores defensores do regionalismo, incentivou o
movimento Armorial para criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura
popular do Nordeste.
O escritor, dramaturgo
e poeta estreou no teatro com a peça “Uma Mulher Vestida de Sol”, ganhadora do
concurso do Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1955 foi a vez do “Auto da
Compadecida”, sua obra máxima na dramaturgia. A peça foi adaptada para o cinema
e a televisão.
Ariano Suassuna foi membro da Academia Brasileira de
Letras. Morreu no Recife, aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca.
“Não
tenho medo da morte. Na minha terra, a morte é uma mulher e se chama Caetana. E
o único jeito de aceitar essa maldita é pensando que ela é uma mulher linda”.
João Ubaldo
Ribeiro
O baiano
João Ubaldo Ribeiro foi escritor, jornalista, roteirista, professor, bacharel
em Direito e membro da Academia Brasileira de Letras.
Notabilizou-se
como escritor. Trabalhou como editor-chefe do jornal Tribuna da Bahia, foi
colunista do jornal alemão rankfurter Rundschau e colaborador em publicações
nacionais como Jornal de Letras e a Folha de S. Paulo.
Seus escritos contemplam aspectos da cultura nacional. Ao morrer,
João Ubaldo deixou escritos inéditos. Os contos serão reunidos no volume
intitulado “Noites Lebloninas”, a ser lançado pela Editora Objetiva.
Eis o
presente do escritor aos brasileiros, compatriotas que tanto amou e a quem dedicou
sua literatura, a exemplo de “Sargento Getúlio” e “Viva o Povo brasileiro”. Ambas
constam na lista dos cem melhores romances brasileiros do século.
João Ubaldo Ribeiro morreu no Rio de Janeiro no dia 18, aos 73
anos, vítima de uma embolia pulmonar.
“Já estou
chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo.”
Rubem Alves
Um escritor múltiplo, educador, teólogo e psicanalista.
Assim foi Rubem Alves. Criou uma literatura voltada a temas espirituais e
existenciais, além de histórias infantis.
Rubem deixou
também diversos artigos e monografias acadêmicas. Sua tese de doutorado “A
Teologia da Esperança Humana”, por exemplo, foi a base do movimento teológico
hoje chamado de “Teologia da Libertação”.
O escritor mineiro de nascimento e paulista de
coração, foi excelente educador, faleceu no dia 19 de julho em Campinas, aos 80
anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.
“É
preciso criar professores do espanto”.
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