A
modernidade vai, aos poucos, eliminando os “botecos” ou pequenas mercearias no
Nordeste. Esses locais, além de vender uma grande variedade em mercadorias,
funcionam, em parte, como bares.
Seus proprietários, “bodegueiros”, sofrem arrepios só de
ouvir falar em vender “fiado” (compras a prazo). Para evitar o calote (com
outras variantes: “fumo”, “pitú”, “galope”, etc) costumam pregar nas paredes ou
vitrines o aviso: “fiado só amanhã”.
A frase já muito batida não diminui
a “sem-vergonhice” dos maus pagadores. Eles acabam conquistando a confiança do “bodegueiro”
ao fazer as primeiras compras e quitar tudo direitinho. Depois pedem para
“pendurar” a dívida no “prego”.
Os
proprietários mais espertos expõem a seguinte frase: “fiado só no dia 30 de
fevereiro”. Vale tudo para despistar os hipócritas.
Os
caloteiros olham e riem; fazem piadas com a frase, e sugerem – Que tal a frase:
“fiado só semana que vem?”
Em
muitos casos, as dívidas ficam “penduradas” por tanto tempo que secam a
evaporam sem serem pagas.
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