Foi-se
o tempo em que a literatura de cordel era manifestação cultural do povo
nordestino. Hoje, o mercado do Sul do país a ver com maior interesse. Isso
porque os temas também começaram a variar. Antes, é preciso explicar que esse
tipo de poesia popular, vindo da Europa, encontrou no Nordeste o terreno
propício para ilustrar seus enredos. Foi prolífera com poetas como Leandro
Gomes de Barros e Manoel D’Álmeida Filho.
Já
um tanto mais apurada e esteticamente romanceada, faz grande efeito na obra de
Ariano Suassuna, José Lins do Rego e João Cabral de Melo Neto. Os folhetos
ganharam esse nome por serem expostos ao povo amarrados em cordões, exibindo
suas xilogravuras em pequenas lojas de mercados populares ou mesmo nas feiras.
Chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Seus enredos quase sempre tratavam de heróis que conquistavam com bravura o amor da pretendida, ainda que a contragosto dos pais da moça. Essas estórias com origem no Velho Mundo, se revelaram semelhantes a muitos relatos sertanejos que deram mote a obras da literatura de cordel, que no Brasil passou a ter suas próprias substâncias, até atingir o realismo vigente com as críticas sociais dando enredo às novas a atuais criações. S.V.
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