Entrevista com o escritor e cordelista Ivaldo Batista

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O escritor Ivaldo Batista é o cordelista mais prolífero da atualidade. Tem mais de setenta trabalhos publicados em cordel com temas diversos, que vão de biografias a trajetórias de clubes de futebol e, ainda, história de várias cidades.

QuebraRegras – Como surgiu a ideia de historiar cidades em versos de cordel?
Ivaldo Batista – A ideia de fazer esse projeto "Minha cidade em Cordel"  partiu da constatação que que poucos habitantes conhecem a história do seu município. Os mais antigos, dependendo do nível social intelectual sabem muito, mas as novas gerações nada sabem. O cordel é um veiculo de comunicação que pode dizer tudo em poucas palavras.  A beleza das rimas, métricas, a musicalidade tudo colabora pra que ele seja eficaz, quando usado para instruir.

QuebraRegras – Quantas cidades já têm suas histórias em relato, e quantas mais deverão ser historiadas?
Ivaldo Batista – São 22 cidades com suas histórias relatadas em forma de cordel. Planejamos escrever tantas quantas forem possível. O projeto prevê que as 184 cidades pernambucanas vão ser descrita. Outras cidades do Brasil e cidades de outras nações. atualmente um cordel sobre LONDRES está em andamento.

QuebraRegras – O que geralmente acontece em suas andanças por estas cidades brasileiras?
Ivaldo Batista – Nessas andanças, eu tenho o prazer de encontrar cidades e principalmente as pessoas que lidam com a imprensa de receber a gente com muita alegria e ajudar na divulgação sem qualquer protocolo. Muitas rádios fazem enquetes para distribuir o folheto aos ouvintes destas rádios.

QuebraRegras – No caso das biografias em verso, você aceita indicações antes de trabalhar personalidades?
Ivaldo Batista – No caso de Biografia. Em geral eu faço por iniciativa própria, mas já aceitamos sugestão e até avaliamos os pedidos feitos. o folheto sobre Dominguinhos, por exemplo foi uma solicitação em virtude  do clima que a cidade de Garanhuns viveu no festival de inverno, quando foi anunciado o seu falecimento. no dia do enterro eu lancei em Garanhuns e o folheto foi muito divulgado com entrevista na Radio Jornal e Rádio Sete Colinas em na cidade das flores. Eu atendi a sugestão e me dei bem. Foram já quatro edições esgotadas do folheto.

QuebraRegras – Qual a dinâmica usada em feiras?
Ivaldo Batista – A dinâmica nas feiras. Pessoalmente, não efetuo venda nas feiras por falta de tempo, mas distribuímos os folhetos para serem comercializados pelos donos de lojas e barracas. mercado São José , Alto da Sé, Feira de Caruaru, Alto do Moura etc. O turista encontra em vários espaços. Ocorre também que, quando somos convidados para fazer parte de projeto em feiras livres ficamos felizes por que fazemos apresentação, vendemos e ainda temos o pagamento por parte da empresa que convidou. É muito bom fazer o público rir, com os cordéis de humor que criamos.. é gratificante.

QuebraRegras – Como tem sido sua agenda e participação em entidades ligadas à literatura?
Ivaldo Batista – Minha participação nas entidades ainda considero modesta. Recebo muitos convites e gostaria de participar de todas, porém o tempo é limitado, e as vezes não consigo atender a demanda. Além de criar o cordel, eu tenho uma agenda de participação em escolas e palestras em Clubes de rotarianos espalhados por aí e que eu adoro participar, por que é um sinal de reconhecimento e valorização do nosso trabalho. Recentemente fiz palestra no Instituto Histórico de Jaboatão, onde sou membro e pouco tenho comparecido; Muitas escolas particulares em Recife me colocam na agenda e até o trânsito dificulta eu deixar uma escola e chegar em outra. Eu participo da Ucea em Carpina, e tenho frequentado mais a academia do cordel de Caruaru e Academia caruaruense de letras. Some se a tudo isso, o fato de que ainda tenho que trabalhar pois ainda exerço a docência.

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Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.