QuebraRegras – Como surgiu a
ideia de historiar cidades em versos de cordel?
Ivaldo Batista – A ideia de fazer esse projeto
"Minha cidade em Cordel"
partiu da constatação que que poucos habitantes conhecem a história do
seu município. Os mais antigos, dependendo do nível social intelectual sabem
muito, mas as novas gerações nada sabem. O cordel é um veiculo de comunicação
que pode dizer tudo em poucas palavras.
A beleza das rimas, métricas, a musicalidade tudo colabora pra que ele
seja eficaz, quando usado para instruir.
QuebraRegras – Quantas
cidades já têm suas histórias em relato, e quantas mais deverão ser
historiadas?
Ivaldo Batista – São 22 cidades com suas
histórias relatadas em forma de cordel. Planejamos escrever tantas quantas
forem possível. O projeto prevê que as 184 cidades pernambucanas vão ser
descrita. Outras cidades do Brasil e cidades de outras nações. atualmente um
cordel sobre LONDRES está em andamento.
QuebraRegras – O que
geralmente acontece em suas andanças por estas cidades brasileiras?
Ivaldo Batista – Nessas andanças, eu tenho o
prazer de encontrar cidades e principalmente as pessoas que lidam com a
imprensa de receber a gente com muita alegria e ajudar na divulgação sem
qualquer protocolo. Muitas rádios fazem enquetes para distribuir o folheto aos
ouvintes destas rádios.
QuebraRegras – No caso das
biografias em verso, você aceita indicações antes de trabalhar personalidades?
Ivaldo Batista – No caso de Biografia. Em geral
eu faço por iniciativa própria, mas já aceitamos sugestão e até avaliamos os
pedidos feitos. o folheto sobre Dominguinhos, por exemplo foi uma solicitação
em virtude do clima que a cidade de
Garanhuns viveu no festival de inverno, quando foi anunciado o seu falecimento.
no dia do enterro eu lancei em Garanhuns e o folheto foi muito divulgado com
entrevista na Radio Jornal e Rádio Sete Colinas em na cidade das flores. Eu
atendi a sugestão e me dei bem. Foram já quatro edições esgotadas do folheto.
QuebraRegras – Qual a
dinâmica usada em feiras?
Ivaldo Batista – A dinâmica nas feiras.
Pessoalmente, não efetuo venda nas feiras por falta de tempo, mas distribuímos
os folhetos para serem comercializados pelos donos de lojas e barracas. mercado
São José , Alto da Sé, Feira de Caruaru, Alto do Moura etc. O turista encontra
em vários espaços. Ocorre também que, quando somos convidados para fazer parte
de projeto em feiras livres ficamos felizes por que fazemos apresentação,
vendemos e ainda temos o pagamento por parte da empresa que convidou. É muito
bom fazer o público rir, com os cordéis de humor que criamos.. é gratificante.
QuebraRegras – Como tem sido
sua agenda e participação em entidades ligadas à literatura?
Ivaldo Batista – Minha participação nas entidades ainda
considero modesta. Recebo muitos convites e gostaria de participar de todas,
porém o tempo é limitado, e as vezes não consigo atender a demanda. Além de
criar o cordel, eu tenho uma agenda de participação em escolas e palestras em
Clubes de rotarianos espalhados por aí e que eu adoro participar, por que é um
sinal de reconhecimento e valorização do nosso trabalho. Recentemente fiz
palestra no Instituto Histórico de Jaboatão, onde sou membro e pouco tenho
comparecido; Muitas escolas particulares em Recife me colocam na agenda e até o
trânsito dificulta eu deixar uma escola e chegar em outra. Eu participo da Ucea
em Carpina, e tenho frequentado mais a academia do cordel de Caruaru e Academia
caruaruense de letras. Some se a tudo isso, o fato de que ainda tenho que
trabalhar pois ainda exerço a docência.
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