Bolsonaro, Celso (talvez crime)

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Ontem (24/05) foi mais um dia de palanque armado em Brasília. Mais um domingo com programação de “luxo” para apoiadores de Jair Bolsonaro (Sem partido), o presidente da República.

A cor predominante (verde e amarelo) reinou. Nas centenas de mãos, faixas de apoio ao governo. Em outras, frases de repúdio ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso. Também houve quem fustigasse Maia, o Rodrigo, novo aliado de Bolsonaro, apesar dos pedidos em contrário feitos por pessoas próximas ao presidente.

Há indignação contra o ministro Celso de Mello, do STF, por ter liberado o conteúdo do vídeo da reunião ministerial mais do que deveria. Na verdade, foi mostrada quase a totalidade do vídeo, quando deveria ser apenas a parte em que Bolsonaro refere-se à Polícia Federal, trecho que Sérgio Moro aponta como prova de que o presidente tentou interferir na autonomia do órgão.

Através desse conteúdo e dos depoimentos, é que a Procuradoria Geral da República irá concluir se denuncia ou não Jair Bolsonaro por corrupção passiva privilegiada, obstrução de Justiça e advocacia administrativa por tentar interferir na PF.

Já Bolsonaro acusa Mello de ter “exagerado” na lei de abuso de autoridade. Em postagem no Facebook, o presidente publicou uma foto de um artigo da lei 13.869 de 2019.
“Art. 28: Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado: pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos.”

Conclusão: se Bolsonaro cometeu crime, Celso de Mello talvez o tenha cometido também.


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