As brigas entre os herdeiros de Miguel Arraes

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Governador de Pernambuco por três ocasiões e tido com “mito”, Miguel Arraes deixou herdeiros na política. O mais notório deles, o neto Eduardo Campos, também governador do mesmo estado, morreu quando concorria a Presidência da República em 2014.

Desde então o racha nas famílias Campos-Arraes se evidenciou. Na edição desta semana a Revista época traz uma reportagem sobre o assunto, em que o advogado Antônio Campos (irmão de Eduardo) denuncia um suposto esquema comandado pela cunhada Renata Campos e pelo PSB de Pernambuco.

De acordo com a matéria, a relação de Renata e Antônio teria se estragado depois que o advogado passou a atuar como uma espécie de porta-voz da família no decorrer das investigações sobre a queda do avião que matou Eduardo, sem o consentimento da viúva. 

Por outro lado, Marília Arraes, hoje deputada federal, neta de Miguel Arraes e prima de Eduardo e de Antônio, correligionária de ambos no PSB, tem sido escanteada pelos Campos desde 2014, quando pensava disputar uma vaga à Câmara Federal. A articulação de Eduardo para colocar o filho João no comando da Juventude Socialista Brasileira em Pernambuco, contra o grupo defendido por Marília, foi a gota d’água para que ela se insurgisse publicamente contra o primo e deixasse a sigla, migrando para o PT. 

“Renata nunca perdoou Marília pela rebeldia. Hoje, as duas mal se cumprimentam”. “A família dela (Renata) é um caso de sucesso de desemprego zero. E quem não rezar na cartilha, ela manda para o pelourinho político”, disse Antônio Campos à Época. 

Outro episódio que estremeceu ainda mais a relação entre Antônio e a viúva do irmão, foi o ocorrido com o sobrinho João Campos na Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado, quando, “durante uma audiência com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o deputado João Campos atacou o chefe da pasta. Levou uma rápida invertida de Weintraub, que mencionou a proximidade de seu tio com o governo: “Se eu sou uma pessoa tão maligna, por que ele trabalha comigo?”, questionou. “Eu nem relação tenho com ele, ministro. Ele é um sujeito pior que você”, devolveu o jovem de 26 anos”.

Após o episódio na Câmara, Antônio divulgou uma nota acusando o sobrinho de ter sido “nutrido na mamadeira da empresa Odebrecht, entre outras, estando com os bens patrimoniais dos quais é herdeiro bloqueados”. O irmão de Eduardo disse ainda ter procurado as “autoridades competentes” - ele não confirma se foi ao Ministério Público Federal (MPF) ou à Polícia Federal - para contar o que sabe sobre a cunhada e integrantes do PSB. Ele alegou que não pode dar mais detalhes para “não invalidar e frustrar atos”, mas antecipou que o que houve na Paraíba com o PSB - onde o ex-governador Ricardo Coutinho foi preso no fim do ano passado, na Operação Calvário - é pequeno diante do que poderá ocorrer em Pernambuco se as investigações sobre seus relatos forem levadas adiante”.

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