Escola Sem Partido

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O projeto Escola Sem Partido é polêmico. Ganhou destaque no meio educacional brasileiro. Apoiadores e críticos expõem o que pensam sobre o assunto. Melhor que não fosse assim, mas as discussões (inúmeras e sem necessidade) perderam o foco. E por quê? Porque partiu para o revanchismo político. O lado científico foi esquecido.
Dessa forma o debate toma ares de rinha. Permanece o impasse. Os dois polos se digladiam ao defender suas posições. Mas qual seria o cerne da questão, que é exatamente o que importa para desenvolver uma discussão saudável?
Primeiro é preciso entender o projeto Escola Sem Partido. A proposta defende a educação neutra, o debate pluralizado, sem a interferência da posição política do professor, da instituição e menos ainda do governo. Isso causa polêmica. Impossível escola não ter partido. O trabalho do professor é fazer com que o aluno se aproprie de conhecimentos diversos. Ali vai implícito seu olhar sobre o mundo. Diante disso, o aluno sente-se compelido a aceitar, afinal é a parte mais frágil da relação.
Impossível não prevalecer uma “politização”. Quando um grupo se reúne para discutir algo, surgem os pontos de vista. Por outro lado, não há um mensurador que possa definir o que é ou não doutrinação. A tarefa do professor é fazer com que o aluno se aproprie do conhecimento. O dever é ser plural e evitar o assédio ideológico.
A proposta do Escola Sem Partido baseia-se no conteúdo da Constituição: “neutralidade política, ideológica e religiosa”.
É evidente que os professores são predominantemente esquerdistas. E a outra parte, quase em sua totalidade, neutra. A partir dessa constatação, a sociedade brasileira rejeita a visão de mundo da esquerda. Querem-na distante dos seus filhos. Desejam que eles aprendam a partir de uma perspectiva liberal. Mas, seria o papel da escola no século XXI ensinar só as habilidades e competências de escrita, oralidade, matemática? Não caberia trazer debates sobre política, filosofia, sociologia e religião?
Já ditar as regras de comportamento dos profissionais da educação, é intimidatório. Institui policiamento, desconfiança. Daí a necessidade de uma visão cientifica, e não só política, na discussão que aborda a educação brasileira. É preciso ficar estabelecido a ideologia da escola. Que a instituição seja identificada como de esquerda, liberal ou direita. Cabe aos pais decidirem a opção que contribuirá melhor para o futuro dos filhos.

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Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.