Cidades e registro fotográfico

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As cidades são berços eternos na memória dos povos. Têm perfil, por vezes, surreal, mas não escapam às recordações. Elas mudam. Transmutam-se, quem sabe. Isso leva tempo.
Em conversa com o fotógrafo Fernando Lima, amigo e profissional sensível aos aspectos urbanos, o mesmo mencionou o desejo de registrar a cidade de Limoeiro no hoje para comparar com o antes, material que, na verdade, serviria à memória das gerações futuras.Mas foi o diálogo com Fernando Lima (filho), também fotógrafo como o pai, que despertei quanto à diferença entre fotografia (registro de imagens) e retrato (representação da imagem daquilo que é real).
E, daí, ousei refletir: para que serve um fotógrafo? Ora, a vida tem momentos de lutas, durezas, conquistas e alegrias. Alguns desses casos concretos podem durar. São reais. Também há momentos efêmeros como o beija-flor retirando o néctar da flor ou a jarra derramando leite em outra vasilha. O breve fio de leite é passageiro, mas inesquecível. Logo um fotógrafo serve para reavivar nossas reminiscências futuras.
Fotografar é uma arte que nos lega lições e afetos. As cidades precisam desses ingredientes no futuro. Esse ingrediente é o tipo de percepção que nos reconcilia com nossa existência.

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