O tesouro escondido

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Frustrada a pescaria, seguimos a passeio para as pedras que dividem Calhetas de Gaibú. Lá ficamos entre poses para fotos e comentários óbvios quanto à beleza do local. Decidimos descer até a praia das Calhetas e aguçamos uma curiosidade antiga. Encontramos o pouco de tranquilidade restante; companheiros de caminhada, enfim a descida. No bar, fotografias de famosos expostas nas paredes. Descemos à praia. Um banho suave e despreocupado suprimiu o tempo.Voltamos. Do alto víamos o largo espaço das areias de Gaibú. Esparsas, faltava gente para preencher-lhes. A manhã apresentava-se azul. Havia lugares para muitas manobras. Espaço para futebol, banho e passeio. Depois paramos diante de um templo onde emanava paz.
Antes mesmo de provar a emoção que aquelas pessoas compartilhavam, diziam-me que eu iria encontrar “uma fonte transbordante de amor”. Fui e conferi. Há precipitação ao julgar o modo de vida alheio. Quando se está de fora, nota-se só o afobamento inexplicável de quem se julga coerente e feliz.Quem são esses operários que saem a divulgar algo em que acreditam, mesmo incompreendidos? Cada um deles traz dentro de si um tesouro inestimável e também um selo impregnado para sempre no interior de cada vaso. Invisível aos olhos físicos esse estilo de vida. O grupo todo rir um riso simples, puro, e comunica-se numa linguagem diferente. Só os insensíveis pensam que eles são tristes. Mas eles riem num gozo indisfarçável e, em estágio elevado.
Do maior ao menor, do ciclista ao dono de um carro importado, todos comungam de uma mesma felicidade. Compartilham igualmente de um desejo ardente. Esse desejo é uma faísca do fogo maior que transforma vidas enferrujadas em vasos novos.Se o ser humano soubesse o que significa a “água que extingue toda sede”, e que transborda e emana vida, faria o que Jesus Cristo ensinou: “o Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo”. – Mateus 13:44. Jesus, a Palavra, é o tesouro.
Aquele que o tem, achou a plenitude da vida e a felicidade. Para esses até os momentos de angústia são luz. “Temos, porém, este tesouro guardado em vasos de barro”... – 2 Cor. 4:7. São vivências sólidas com garantia de uma herança superior que está por vir. Promessa valiosa e grande, imensa como o mar que enche e esvazia a maré diante de nossos olhos, transmitindo a certeza de que nunca irá secar.Volto ao alto. Vou assistir ao mundo verde. Quero olhar do alto o mundo verde e ver o que se pode extrair do cenário onde tudo parece mais sereno. Não tem tanta robustez sua flora. Maioria dos prédios e montanhas parece estar à mercê de ataques aéreos. Os ataques seriam feitos por soberbos caçadores que se consideram autossuficientes por estarem entre os céus e a pequena flora; e assim destroem-na.
O lugar em tudo difere do vento agreste onde nem sempre a flora é verde e, na maior parte do ano, há seca de dá dó. Onde os arbustos morrem. Nada brota. De onde pode-se assistir as escassas árvores. Perdem feio para o número gigante de telhados. Aliás, esses também formam desenhos em perspectiva com as nuvens.

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Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.