Faleceu o cineasta português, Manoel de Oliveira, e poucos podem falar do homem que se dedicou à atividade da sétima arte. Não era um homem de Mídia e câmeras, era do trabalho, às vezes em silêncio, mas de uma competência na convivência e modos de tratar os outros. Era muito educado.
O cineasta via as imagens, reproduzindo palavras. Achava e se dedicava a esta máxima de muito tempo de ideias. Tinha 106 anos e estava lúcido, ao ponto de criticar a mediocridade de filmes de hoje: “Os filmes atuais falam muito e não dizem nada”.Trabalhou ao lado de grandes nomes do cinema, como Catherine Deneuve, Claudia Cardinale, Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau e o brasileiro Lima Duarte. Levou para as telas obras de Camilo Castelo Branco e Adolfo Bioy Casares e pretendia filmar obras de Machado de Assis. Era um ser humano de extraordinário senso de humor com relação a morte e dela falava: “toda morte é uma derrota”. Coisa que não concordamos com relação a ele mesmo, pois, é um predestinado à imortalidade.
Seu último trabalho foi o filme O Gebo e a Sombra, em 2013, baseado na obra de José Régio.Ailton Lemos
Cinema (Manoel de Oliveira)
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