O poeta Augusto dos Anjos (1884-1914) criou uma obra original. Os críticos o consideram o mais importante poeta do pré-modernismo, ainda que sua poesia tenha raízes do simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas.
Este ano é o centenário de sua morte. Augusto declarou-se “Cantor da poesia de tudo que é morto”. O domínio técnico em sua poesia, comprovaria também a tradição parnasiana. Durante muito tempo foi ignorado pela crítica, que julgou seu vocabulário mórbido e vulgar.
Nasceu no engenho “Pau d'Arco”, na Paraíba. Formou-se em Direito, e lecionou Literatura Brasileira, em aulas particulares. Em vida, publicou vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publicou seu único livro "EU", que causou espanto, nos críticos da época, diante de um vocabulário grotesco.
Psicologia de um vencido (trecho)“Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro da escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco”.
Memória (Centenário de morte de Augusto dos Anjos)
Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.
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