Seu Manoel morava num sítio e, na maior parte dos seus mais de setenta anos de vida, se virou sem energia elétrica. Um dia a companhia fez a instalação na casa dele, que aceitou meio a contragosto.
Não demora muito e, um breve dia, chega à casa de seu Manoel um conta com o valor doze vezes mais que o de costume.O homem começa a se aperrear e querer cortar os fios. Com muito sacrifício, os vizinhos conseguiram que ele se acalmasse e procurasse a companhia, porque aquilo só poderia ser um erro.
No dia seguinte, seu Manoel foi até um posto da companhia e assegurou que jamais fez um consumo exorbitante.- A minha casa só tem dois “bico” (lâmpadas) de lúi. Coma é que vem uma conta dessa?
O funcionário olhou a conta, e disse que iria mandar alguém até a residência observar o relógio.
Quando o técnico chegou, observou, viu que não houve erro:
- Seu Manoel, realmente não há erro. O valor da conta é esse mesmo.
- Qué dizê qui eu tô deveno isso tudim?
- Exatamente.
- Ói, eu num sô homi de devê a ninguém.
E com uma marreta na mão, disse:
- Se é pra pagá, eu pago logo.
E quebrou o relógio a marretadas.
Empório de Causos Nordestinos (Corte de energia)
Sivaldo Venerando. Tecnologia do Blogger.
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