Artigo (A guerra pelo poder sob a ótica infantil)

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O Brasil tem muitos partidos. Tantos que temos a impressão de que o país é um enorme bolo a ser fatiado pelos “conquistadores”. É curioso como tantos homens falam bem desse bolo antes de retirar um pedaço, e como lambuzam-se mais do que deveriam por menor que seja a fatia que lhes cabe.
Como será para um adulto escolher um candidato entre tantos cheios de “boas intenções?” Como será ouvir discursos nos mesmos moldes de décadas passadas, e E ver vigaristas de ocasião apresentarem-se como ternos patriotas, salvadores da pátria, solidários... e ainda usarem no material de campanha, as cores de nossa bandeira?Já sei. Os adultos pensam ser desnecessário entrar no debate. É mais fácil entrar em discussões. O pior é que não sabem que não sabem do que estão tratando. A violência da propaganda gramsciana*, treinou os comunas para dar um nó na cabeça das pessoas.
O sujeito propõe a redenção das classes menos favorecidas, a igualdade para todos, mais democracia em cima de democracia, mas é um escroque. Cria um cenário mentiroso, central de boatos para suplantar adversários. As táticas o levam ao auge do poder, à “lavação da burra” tão esperada. De chicote na mão, é fácil tanger um povo sem metas e sem aptidão para o conhecimento.Neste cenário são descartáveis planos, metas, discussões sérias com a sociedade, em campanhas eleitorais. Quem tenta fazê-lo é linchado pelo “dono da burra”. Eles se colocam como a solução única. Por isso, o brasileiro que vota com plena consciência de sua decisão, é um herói neste país, porque a maioria só sabe repetir a cartilha comunista.
Seu louvor vai para as grandes conquistas na democracia. E repete os feitos de democracia sobre democracia, que é, na verdade, a construção de uma ditadura, como notou Norberto Bobbio**. No momento, é o fenômeno por aqui: mais democracia social, cultural e até sexual. O efeito é a distorção da verdade. Pessoas honestas sentem-se constrangidas e impulsionadas a aplaudir ou aceitar caladas a inversão de valores.E o nosso quadro político? Todos têm a mesma opinião sobre todos os assuntos. A diferença está na colocação das palavras. Um forte indício é o que pensam, por exemplo, sobre as “minorias”. Se não fosse a lavagem cerebral da ótica gramsciana, que faz o sujeito crer e incorporar uma filosofia de vida alienada, como alguém poderia dizer que no Brasil há “minorias”, quando a Constituição diz que “todos somos iguais perante a Lei?” O que há é preconceito, seguido da ausência da aplicabilidade das leis existentes. Admitir “minorias” é rasgar a Constituição, não o tomo de papel, mas o espírito da lei em si.
Como escapar de sanguessugas, chantagistas e estupradores do intelecto? Estudando. Não a cartilha dos comunas, explique-se! No Brasil foi instituída a pobreza intelectual, um nó na mente das pessoas. Funciona desta forma: era como se o diretor de um colégio recebesse ameaças de uma facção criminosa, procurasse a gerência de educação para saber como denunciar os delinquentes. Na ótica gramsciana, ele receberia uma advertência séria e um treinamento para repetir continuamente que a facção é parceira do colégio e pode usar suas dependências. Se o diretor os denunciasse, seria enquadrado numa nova lei específica para quem discrimina bandidos (que nem podem mais ser tratados com essa palavra, mas sim como heróis). O diretor apressa-se a dizer o quanto estava equivocado; todos que saírem da escola não terão a mínima reação contra a bandidagem. É o modelo de transformar a mentira em verdade.E como se propaga? Comentaristas inescrupulosos ganham os meios de comunicação. Professores “companheiros” dão aulas não da matéria, mas da ideologia gramsciana. Um e outro se prestam ao papel de boateiros. Com isso, o pequeno lastro da imprensa que tenta desconstruir o mito da inversão de valores é, automaticamente, descredenciado. Das universidades saem jovens felizes, crentes de que sabem o que não sabem. Citam inocentemente os órgãos de imprensa que “não merecem crédito”. Eles não sabem que não sabem que, o que não merece crédito, é a continuidade dos descréditos aos princípios morais, à dignidade e à honestidade intelectual. Por isso estufam o peito e passam a atuar no mercado como mais um militante ou, na melhor das hipóteses, um aliado submisso ao fascínio intelectual gramsciano. Tudo inconscientemente. Viva a alienação da lógica esquerdista!
 

Nota: O texto acima é uma “Conpozissão Imfâtil”, gênero criado por Millôr Fernandes.
* Teoria do filósofo comunista Antonio Gramsci
** Filósofo político e historiador italiano

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