
Sabemos que os juros dos bancos realmente são exorbitantes, mas não se deve colocar a culpa nas instituições financeiras, no governo ou no sistema; é hora de assumir a responsabilidade das suas finanças e mudar o comportamento em relação à utilização e administração do dinheiro, ou seja, educar-se financeiramente.
Para isso, é necessário ampliar o repertório sobre finanças, de forma consistente e carregada de sentido prático, para assimilar, o mais cedo possível, a importância do equilíbrio financeiro para o bem-estar em todos os âmbitos da vida. Há diversos cursos, palestras e livros disponíveis no mercado que auxiliam nesse processo de educação financeira de maneira descomplicada e eficaz. Isso fará com que as pessoas sejam mais conscientes e sustentáveis no uso dos recursos financeiros, não precisando dar cheques sem fundo, utilizar o limite do cheque especial, pegar empréstimos ou ficar sem honrar com os seus compromissos.Sendo assim, elaborei algumas orientações básicas para quem está nessa situação e quer sair ou mesmo para quem não quer nem entrar nela:
Perguntas que o consumidor deve se fazer antes de qualquer compra
-Eu realmente preciso desse produto?
-O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
-Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
-Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
-Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?
Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:
De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
Tenho o dinheiro para comprar à vista?
Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?
Para quem já está endividado, os seguintes passos são essenciais:
-Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir;
-Fazer um diagnóstico financeiro, ou seja, saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais;
-Relacionar, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo, sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;
-Com os números em mãos, saber quanto poderá poupar por mês para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida;
-Aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. É importante consultar um especialista;
-Ter em mente que só se deve pagar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar.
Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.
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