Morre o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna

Ariano Suassuna, escritor paraibano radicado no Recife, morreu nesta quarta-feira (23), aos 87 anos, no Real Hospital Português, na capital pernambucana.

Suassuna foi internado na segunda-feira, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Seu quadro clínico se agravou no dia seguinte, com queda da pressão arterial e aumento da pressão intracraniana, que acabou provocando uma parada cardíaca, de acordo com o boletim do hospital.

Quando o pai do escritor, João Suassuna, governava o Estado da Paraíba, Ariano nasceu em pleno palácio da Redenção do governo paraibano.  João Suassuna foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro durante a Revolução de 1930.

Ariano foi secretário de Cultura de Pernambuco de 1994 a 1998, durante o governo Miguel Arraes, e também atuou no mesmo cargo como secretário especial do ex-governador Eduardo Campos, neto de Arraes.

Obra - A obra de Suassuna tem ligação com a cultura popular brasileira. No Carnaval de 2013, o Auto da Compadecida foi tema do samba enredo da escola paulistana Pérola Negra. O mesmo já havia ocorrido em 2002, quando o escritor foi tema da escola carioca Império Serrano, e em 2008, da paulistana Mancha Verde.

Escreveu as peças, Uma Mulher Vestida de Sol, O Castigo da Soberba (1953) e O Rico Avarento (1954). O Auto da Compadecida (1955), até hoje é o seu texto mais conhecido.

Ocupava a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo. Ele também integrava a Academia Paraibana e a Academia Pernambucana de Letras.