Antes das redes sociais nossa vida era diferente.
Sentíamos mais o calor humano. As pessoas olhavam-se mais nos olhos e eram mais
sinceras.
As redes ampliam a
comunicação. Elas interligam o mundo também. Só que isso não é suficiente para
priorizarmos uma vida virtual. É ruim sacrificar a vida real em prol desse
sistema. Por elas abrimos espaço dentro do nosso tempo, atendemos esse chamado
e nos tornamos personagens distantes dos sentimentos humanos.
Nas redes os corruptos, os assassinos, os
insensíveis e os imbecis não existem. Todos se nivelam a qualquer cidadão. Há
nessas comunidades virtuais o desfile de honestos, gente amável e solidária e
superdotada de inteligência.
No Facebook e outros, a plataforma de exibição pessoal supera a pessoa
real. Há muita gente embutida vigiando os passos de gente importante. Medir a
capacidade intelectual de determinados sujeitos pelas redes é quase impossível,
com exceção de uma conversa reservada no bate-papo.
A máscara das redes mostra a felicidade interminável
de quem nunca a teve. Os usuários estão insensíveis. Seu tempo de trabalho é
dividido com essa plataforma e os deixa deslocados do tempo presente.
Antes das redes havia
mais tempo para a vida real. As pessoas cuidavam mais das outras, passeavam
mais, juntas. Viviam menos alheias, eram mais compreensivas. Sem as redes a
vida é mais vida. S.V.
0 comentários:
Postar um comentário