A pátria não é chuteiras

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Inacreditável. Foi tudo do jeito que ninguém imaginava. Nem os brasileiros pensavam que seria assim, nem os alemães, nem os japoneses, nem os americanos, nem os moradores de Milton Brandão (PI), nem os de Manari (PE), nem de qualquer tribo mais atrasada nas savanas da África conseguiriam adivinhar o placar solapante em favor da Alemanha no jogo contra o Brasil.
Um furacão passou pelo Mineirão e, ao que parece, entortou as pernas dos jogadores brasileiros. Como numa brincadeira desorquestrada, a seleção curvou-se diante dos alemães. Não era replay, era mais gol. O Brasil engoliu gota a gota, gol a gol, a maior goleada da história das copas.
Não é fácil, é triste. Ao contrário de outros dias, quando os fogos disparavam alegremente, dessa vez um disparo solitário anunciava que o Brasil ia sendo demolido. Quem sabe algum brasileiro torcendo contra o Brasil? Torcer contra o próprio País, é uma covardia sem nome. Não há espaço para essas covardias em corações e mentes de bom-senso. Brasileiro deve torcer pelo Brasil, por sua seleção, só que sem o empenho de uma vida inteira.
Chorar não pode; isso é só um jogo. Indignar-se com tudo e todos, mesmo ainda. A vida não acaba. Dizer que há fantasmas não vale também, porque até aqui convivemos com muitos e nunca nos abalamos; nem mesmo com os cabelos de Marcelo, David Luiz e Dante.
O Brasil não pode ser representado por 11 pessoas de chuteiras. Isso não merece choro de ninguém. Merece choro é a economia cambaleante, a educação decadente e a saúde agonizante. Choro e até revolta, se quiserem.
Inacreditável Brasil 1 X 7 Alemanha!


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